Estou um tanto quanto amargurada, a mente vazia, o coração na mão;
os hormônios desta época do mês me insandecem;
a calourada foi ruim, e a chuva se quer me deixou ficar bêbada.
Assim sendo não esbarrei com ninguém para que eu pudesse (desse meu modo tolo, infantil e autoflagelante) me vingar de você.
choveu na hora errada, e agora que dela eu preciso para me embalar, na fúbre tristeza dessa noite perfumada à melancolia, ela não vem.
Te escrevi e você não mandou uma mensagem em troca, você se quer me disse o que queria de mi quando me ligou.
É claro que não sou imbecil e sei que ao seu modo você disse intrinsicamente que naquele momento (depois de 9 dias) desejou me beijar.
Mas dá pra entender que seria bom ao menos me sentir desejável e te ouvir me dizendo que me queria??
Ah! Tenha pasciência...
e eu tenho, se tenho.
Eu disse: Eu posso com uma coisa dessas? E Malu calmamente e cheia de certeza me respondeu: Pode sim! Você é forte!
Talvez eu seja. Talvez só sendo mesmo pra lutar em te ter como eu luto.
Você não sabe mas eu tô nesse a oito meses...
E você me escuta?
Me entende errado, só me procura quando quer, não é de lua, é de maré, fica nessa e nunca deixa nada claro, e só diz explicitamente as coisas que vão me magoar. Já reparou que coisas boas você nunca me diz pessoalmente? Só em algumas poucas madrugadas, quando sei lá, te dá um surto e você se permite. Sim porque sem essa de hipocrisias, eu sei que sou uma mulher e tanto e por tudo que eu passo e aguento sei que mereço.
Na verdade eu mereço um homem muito melhor que você, mas o que fazer, eu não sou gananciosa, eu quero VOCÊ, somente você.
E você? Me quer? Se quer não diz, e eu fico não sabendo.
Assim como por ser tolhida por suas mil regras eu não posso dizer e você acaba não sabendo que eu TE AMO.
Mas eu te amo seu bobão.
Fui pra aula só te ver. Entrei no ônibus e comecei a pensar que ao te ligar, o que dizer? Fui de Candeias à Imbiribeira tomando coragem de dizer duas frases, mas quando te ligo você é grosso, distante e incerto. Quero beber, as pessoas não atendem minha ligação. Sem ter o que fazer vaguei pelo campus, fui beber e choveu alagando tudo, me tirando o clima me entorpecer e de vingança. Fui para o DA, estranhos o ocupavam...citiado meu refúgio encontrei num golpe irônico da sorte, Lara, tão ou quanto perdida como eu. Vamos esperar pela segunda aula uma vez que a primeira ignoramos por completo. Descobrimos que não haveria. Tragédia! O que fazer? Tornei a andar sem rumo, baratear, fomos em par. Baratas tontas ao léu. A calorada estaja desesperadora, fumei meia dúzia de cigarros entre o inícil e o fim dessa peregrinação maldita. Subimos. Ainda desterradas. Encontramos o casal. Casal como sempre. Fomos comer. Encontramos com a tristeza de Lara subindo as escadas. Eu me saio e os deixo converçando. Ela volta, mais trágica que o normal, ainda tonta. Quarta será a converça fatal. Comemos e subimos, um momento de desabafo fazendo Sakurinha bater em uns fithes é tudo que eu preciso...Mas Bia já está descendo e sem qualquer traço de democracia nos faz recuar à parada. Acabamos esperando por minutos sem fim enquando nos entregamos a um papo paralelo, insandecidas em esquecer aquele dia e seus momentos, e ela se quer se dá ao trabalho de interagir conosco. Algo a incomoda, não sei o que é e nem saberei sem ela falar, estou por completo desanimada em perguntar. Pego um ônibus lotado, estoi com fome, raiva, desespero e CARÊNCIA... Meu celular não se manifesta. Chego em casa, vejo Tudo Novo de Novo, como bolacha com chedar, fasso carinho em Melão, e venho para o pc. E Jhimmy morreu de overdose...
